A origem do Moscatel de Setúbal remonta à Península de Setúbal, em Portugal, onde este vinho distinto ganhou renome como uma das jóias vínicas do país. Antigamente, a produção exigia pelo menos 67% de uvas Moscatel, mas as regulamentações da União Europeia agora requerem um mínimo de 85% para que a designação "Moscatel" esteja no rótulo.No século XIV, a fama do Moscatel cresceu exponencialmente quando Ricardo II de Inglaterra começou a importá-lo regularmente. Nos séculos XV e XVI, era um companheiro constante das viagens marítimas em direção à Índia. Durante os Descobrimentos Portugueses, o vinho viajava em barris expostos ao sol, enriquecendo em qualidade ao longo do caminho.Existem diversas categorias de Moscatel de Setúbal, incluindo o Moscatel Superior, envelhecido por no mínimo cinco anos, e o Moscatel datado e não datado, variando na composição das colheitas.Este vinho é produzido principalmente a partir de duas castas: Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo. Ambas prosperam nas encostas calcárias da Serra da Arrábida, cada uma contribuindo com seu próprio caráter e aroma distinto.Ao contrário da maioria dos vinhos, o Moscatel de Setúbal pode ser apreciado por até quatro semanas após a abertura da garrafa, mantendo suas características intactas. A temperatura ideal para servir varia de 10º a 12ºC para vinhos mais jovens e de 12º a 14ºC para vinhos mais envelhecidos.Quanto à harmonização, o Moscatel de Setúbal complementa uma variedade de pratos, desde frutos secos a sobremesas à base de laranja, além de doces conventuais e queijos, como o tradicional queijo de Azeitão, produzido na mesma região.
Moscatel de Setúbal é um vinho generoso com Denominação de Origem Controlada (D.O.C.), reconhecida desde 1907. No entanto, a José Maria da Fonseca é produtora de Moscatel de Setúbal desde 1834 o que possibilita ter um património inédito de vinhos moscatéis.
Quando as uvas chegam à adega, começa-se por analisar o grau provável das mesmas, de maneira a que a adição de aguardente seja efectuada no momento ideal para que a fermentação pare. Após um contacto pelicular de 5 meses, inicia-se no mês de Março a prensagem das massas, e o vinho que daqui resulta é lotado com o vinho lágrima.
Na produção dos Moscatéis de Setúbal José Maria da Fonseca existe um enorme cuidado na selecção dos lotes que compõem este produto. As colheitas que constituem este vinho de lote envelhecem em pipas usadas de carvalho utilizadas até a data de engarrafamento.