A origem do Moscatel de Setúbal remonta à Península de Setúbal, em Portugal, onde este vinho distinto ganhou renome como uma das jóias vínicas do país. Antigamente, a produção exigia pelo menos 67% de uvas Moscatel, mas as regulamentações da União Europeia requerem um mínimo de 85% para que a designação "Moscatel" esteja no rótulo.No século XIV, a fama do Moscatel cresceu exponencialmente quando Ricardo II de Inglaterra começou a importá-lo regularmente. Nos séculos XV e XVI, era um companheiro constante das viagens marítimas em direção à Índia. Durante os Descobrimentos Portugueses, o vinho viajava em barris expostos ao sol, enriquecendo em qualidade ao longo do caminho.Existem diversas categorias de Moscatel de Setúbal, incluindo o Moscatel Superior, envelhecido por no mínimo cinco anos, e o Moscatel datado e não datado, variando na composição das colheitas.Este vinho é produzido principalmente a partir de duas castas: Moscatel de Setúbal e Moscatel Roxo. Ambas prosperam nas encostas calcárias da Serra da Arrábida, cada uma contribuindo com seu próprio caráter e aroma distinto.Ao contrário da maioria dos vinhos, o Moscatel de Setúbal pode ser apreciado por até quatro semanas após a abertura da garrafa, mantendo suas características intactas. A temperatura ideal para servir varia de 10º a 12ºC para vinhos mais jovens e de 12º a 14ºC para vinhos mais envelhecidos.Quanto à harmonização, o Moscatel de Setúbal complementa uma variedade de pratos, desde frutos secos a sobremesas à base de laranja, além de doces conventuais e queijos, como o tradicional queijo de Azeitão, produzido na mesma região.